sábado, 4 de julho de 2009

Identidade – a importância do nome próprio para o aluno em processo de alfabetização

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL PROFª CLORI BENEDETTI DE FREITAS
Dados da aula
Coordenação Pedagógica: Alciléia Marques Lima e Maria Ivanilda Saraiva Milfont Moreira
Título: Identidade – a importância do nome próprio para o aluno em processo de alfabetização

Tema: Linguagem oral e escrita
Nível de ensino: Educação Infantil e 1º ao 3º Ano do Ensino Fundamental
Disciplina: Língua Portuguesa
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
A escrita do nome próprio é uma das mais importantes conquistas do educando que entra no mundo das letras. Para ele, o conjunto de letras que compõe seu nome o representa, proporciona a percepção de si como um ser social, com um nome próprio que o representa, diz algo sobre sua identidade, sua filiação, sua história. A escrita do nome próprio tem papel fundamental no processo de alfabetização do educando, pois representa um passo importante de sua entrada no mundo da escrita.
O conhecimento do nome próprio tem duas consequências importantes para os educandos que estão em processo de alfabetização: uma escrita livre do contexto; uma escrita que informa sobre a ordem não-aleatória dentro do conjunto de letras.
A escrita do próprio nome representa uma oportunidade privilegiada de reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita, pelas seguintes razões: tanto do ponto de vista linguístico, como do gráfico, o nome próprio é um modelo estável; é um nome que se refere a um único objeto, com o que se elimina para o educando, a ambiguidade na interpretação; tem valor de verdade porque se reporta a uma existência, a um saber compartilhado por ambos, emissor e receptor; do ponto de vista da função, fica claro que identificar objetos ou indivíduos, com nomes, faz parte dos intercâmbios sociais de nossa cultura; a forma e o valor sonoro convencional das letras; a quantidade de letras necessárias para escrever os nomes; a variedade, a posição e a ordem das letras em uma escrita convencional; a realidade convencional da escrita o que serve de referência para checar as próprias hipóteses.
O trabalho oportunizará aos alunos além da conquista da escrita do próprio nome, a compreensão da escrita do próprio nome; momentos de reflexão sobre a escrita a partir de uma referência estável, o próprio nome; e compreensão da importância do nome próprio, suas letras, sua quantidade, variedade, posição e ordem.

Duração das atividades:
O trabalho poderá ser desenvolvido aproximadamente durante um bimestre, mas destacaremos três aulas.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
§ Roda de conversa para saber o que os alunos acham de seus nomes, se conhecem seu significado, sua história e de que outros nomes gostam;
§ Solicitar que pesquisem com seus familiares a história de seu nome.
Estratégias e recursos da aula:
§ Crachá: Confecção e exploração de um crachá de mesa para uso diário, confeccionado em um retângulo de cartolina, de um lado a foto (tirada em sala de aula) e o primeiro nome do aluno, do outro lado, o nome completo, com nome e sobrenome, com letras de imprensa maiúsculas ou cursivas, de acordo com o nível da turma; o segundo crachá é confeccionado com o nome de cada aluno, em um retângulo de cartolina, com furos para encaixar barbante e pendurar no pescoço, que servirá para identificá-los, inclusive fora da sala de aula; o terceiro crachá é elaborado com o nome para ser utilizado no cartaz de pregas como lista de presença, também em retângulos de cartolina.
§ Comparação de tamanho de nomes: utilizando o cartaz de pregas de presença os alunos serão estimulados a observarem qual o maior e o menor nome, estabelecendo comparações entre a quantidade de letras presentes em cada nome. Mostrar para os alunos que nem sempre o tamanho da pessoa corresponde ao tamanho de seu nome, como nem sempre o tamanho de animais, objetos e coisas, corresponde ao tamanho de sua escrita.
§ Auto-retrato: Apresentar aos alunos alguns auto-retratos de artistas plásticos como de Romero Britto, Vicent Van Gogh, Tarsila do Amaral e Frida Kahlo, com utilização de data show; explorar as reproduções de auto-retrato, observando o formato do rosto de cada artista, as cores e formas utilizadas; o professor apresenta aos alunos uma caixa-surpresa que, ao ser aberta, descobrem sua própria imagem, refletida em um espelho colado no fundo da caixa; solicita ainda que observem a estética do seu rosto; em seguida distribui-se diferentes materiais, como papel, lápis de cor, giz de cera e caneta hidrocor, para que os alunos construam seus auto-retratos, lembrando-os de assinarem suas obras. Concluídas as produções, é realizada uma exposição onde os alunos tentarão identificar o autor do auto-retrato; o mesmo apresenta sua obra, se apresenta, , fala sobre a origem do seu nome , se gosta ou não do mesmo.
§ Trabalho com a poesia: “O nome da gente”, de Pedro Bandeira: Trabalhar com o título da poesia; Verificar, com os alunos o sentido do título, fazer antecipações da leitura; Ler o texto disponível no link: http://ocantinhodalena.com.br/criancas/crian03/crian03.htm com os alunos. Fazer questionamentos orais sobre o mesmo.
§ Preguicinha: O educador apresenta a “preguicinha” que é um envelope retangular confeccionado em EVA, com o nome completo de cada educando dentro dela. A leitura do nome é feita retirando devagar o nome, apresentando letra por letra à classe, estimulando-os a leitura do mesmo. O ideal é trabalhar nomes que se iniciam com a primeira e segunda ou última letras iguais, instigando-os a fazerem comparações, descobertas, como por exemplo: Ivone, Ivanilda, Ivete, Iria e Ingrid; Alcione, Alciléia, Alda, Aldo e Almerinda.
§ Salada de nomes: Os educandos recebem um alfabeto móvel ou sílabas móveis, de acordo com o nível da turma, com as letras/sílabas utilizadas para construir seu nome e sobrenome; com as quais são estimulados a construírem seus nomes com o auxílio do crachá; após o trabalho com o alfabeto móvel/ sílabas móveis, os educandos são instruídos e estimulados a formarem outros nomes com as letras utilizadas para construção do seu nome; cada um registrará os nomes construídos.
§ Bingo dos nomes: Fornecer uma folha de papel com cinco espaços em branco. O aluno escreve o próprio nome em um dos espaços e os nomes de quatro colegas. Sorteiam-se os nomes e os alunos que os estiverem vão marcando ponto. Aquele que completar sua cartela primeiro vencerá o jogo.
§ Acróstico: Formar um acróstico com o nome de cada aluno da turma. Cada um vai dizer as qualidades do colega, que serão escritas conforme a letra presente no nome. Os acrósticos serão expostos no mural da escola.
Avaliação:
§ O progresso dos alunos será avaliado através de uma folha de assinaturas: toda semana, enquanto a turma está aprendendo a escrever o nome próprio completo, o professor passará uma folha pautada datada, para cada aluno assinar. Essa folha será exposta no varal e trocada por outra nova a cada semana. As folhas serão digitalizadas e organizadas em uma apresentação de slides, para cada um avaliar o tanto seu próprio progresso individual, quanto coletivo na escrita do nome de todos os colegas da turma, em uma apresentação semestral, para os alunos com participação dos responsáveis.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

PROJETO MÉTODO FÔNICO

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PREFEITURA MUNICIPAL DE DOURADOS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL PROFª CLORI BENEDETTI DE FREITAS

PROJETO MÉTODO FÔNICO

INTRODUÇÃO

Ler significa, basicamente, a capacidade de identificar, automaticamente, as palavras. Escrever consiste em transcrever os sons da fala. Ambos envolvem a capacidade de decodificar fonemas em grafemas e vice-versa.
Estudiosos mostram que a “habilidade de pensar explicitamente sobre a estrutura sonora das palavras, percebendo-as como uma seqüência de sons”, é decisiva para a formação de bons leitores e escritores.
O que é o método fônico? É o ensino dinâmico do código alfabético, que prioriza relações entre grafemas e fonemas, através de atividades lúdicas planejadas.
A base teórica está respaldada nos avanços da neurolinguística e neurociência, através de um estudo retrospectivo de mais de 115 mil trabalhos, comparando a eficiência entre os métodos audiovisual x fônico, na Europa e EUA.

OBJETIVOS

Associar palavras e objetos;
Memorizar palavras globalmente;
Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
Distinguir letras e números;
Reconhecer as letras do alfabeto (cursiva e bastão);
Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras significativas;
Relacionar discurso oral e texto escrito;
Distinguir imagem de escrita;
Observar a orientação espacial dos textos;
Produzir textos pré-silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido;
Reconhecer a primeira letra das palavras no contexto da sílaba inicial;
Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
Contar o número de letra das palavras;
Desmembrar oralmente as palavras em suas sílabas;
Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de letras: cursiva e maiúscula;
Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de palavra);
Produzir textos silabicamente;
Ouvir e compreender histórias;
Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).

COMPETÊNCIAS E CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS NECESSÁRIOS PARA PARTICIPAR DA ATIVIDADE

Os alunos passarão por um período de sondagem, para que demonstrem a cada atividade, as competências que já possuem e as que precisam de suporte.

METODOLOGIA/ETAPAS DAS ATIVIDADES
ETAPAS DO MÉTODO FÔNICO

Todo o processo de alfabetização nesta proposta deverá ser apresentado aos alunos 2 a 3 letras por semana, obedecendo os critérios de dificuldades crescentes a seguir:

A - E - I - O - U - ÃO

Após as vogais são introduzidas as consoantes prolongáveis, isto é, as consoantes cujos sons podem ser facilmente pronunciadas de forma isolada, sem uma vogal, consoantes regulares ( que tendem a possuir apenas um som):

F - J - M - N - V - Z

Depois, são apresentadas as consoantes facilmente pronunciadas de forma isolada e que são irregulares (ou seja, que tendem a possuir mais de um som):

L - S - R - X

Apenas os sons regulares, e mais freqüentes dessas letras são apresentadas. Os sons irregulares são introduzidos, posteriormente.
Após as consoantes facilmente pronunciáveis, são introduzidas as consoantes cujos sons são mais difíceis de pronunciar de forma isolada:

B - C - P - D - T - G - Q

Também para essas letras devem ser inicialmente apresentados apenas os seus sons regulares. Em seguida é apresentada a consoante H, que é uma exceção, já que não tem som.
Finalmente, são introduzidas as letras:

K - W - Y

Após a apresentação dos sons regulares de todas as letras, é iniciada a apresentação das correspondências grafofonêmicas irregulares:

CH - NH - LH - RR - SS - GU - Q

Para a introdução dos sons irregulares das letras:

C - G - R - S - L - M - X

Introduzindo a cedilha e os encontros consonantais, é importante que a criança aprenda a seqüência do alfabeto. Ao mesmo tempo em que obedece essa seqüência de sistematização, o professor propõe um trabalho de consciência fonológica: a consciência de palavras, de letras e de sílabas.

COMPETÊNCIAS DA ALFABETIZAÇÃO

A- Competências que viabilizam e, portanto, antecedem a alfabetização:
§ A capacidade de lidar com livros e textos impressos.
§ A consciência fonológica, ou seja, a capacidade de discriminar sons.

B - Competências centrais ao processo de alfabetização:
b1 - Na leitura:
§ A consciência fonológica é a idéia de que diferentes letras produzem diferentes sons;
§ O princípio alfabético é a idéia de que há uma relação entre a presença e posição de um grafema e o som que ele tem na palavra;
§ A decodificação é a capacidade de pronunciar o som de uma palavra escrita ou transformar em escrita uma palavra ouvida;
§ A fluência: inclui a correção e ritmo de leitura.
b2 - Na escrita:
§ Capacidade de escrever de forma legível e com fluência (caligrafia);
§ Capacidade de escrever de forma ortográfica;
§ Capacidade de escrever frases, sintática e semanticamente, corretas.

C - Competências que precedem, acompanham e sucedem o processo de alfabetização, mas são independentes do mesmo.
§ Desenvolvimento do léxico: quanto maior o léxico, maior a capacidade de leitura e compreensão.
§ Desenvolvimento de competências de compreensão de texto, que incluem competências sobre a estrutura, a lógica e usos sociais dos diferentes tipos de textos, bem como estratégias gerais de compreensão e produção de textos.

A alfabetização, período de aquisição das competências centrais de decodificação e fluência, que asseguram o reconhecimento automático das palavras, são ensinadas num período que vai de 1 a 3 anos.
Como funciona o sistema de escrita? Há 26 letras que se combinam, para formar todas as palavras da língua; esta combinação não é aleatória, mas sim regrada, formando um sistema com regras próprias de funcionamento.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

§ Cruzadinhas, com dificuldades específicas;
§ Bingos de letras;
§ Trabalho com dicionário;
§ Atividades com rimas;
§ Atividades com aliteração;
§ Relação fonema/ grafema;
§ Consciência de palavras;
§ Consciência silábica (adição e subtração de sílabas);
§ Identidade fonêmica;
§ Consciência fonêmica (contagem e manipulação de fonemas);
§ Consciência fonêmica, síntese de fonemas;
§ Correspondência grafema / fonema;
§ Softwares educativos como: Projeto Método Fônico para crianças; Projeto Método Fônico/atividades; Aladim; Alfabetização Fônica;
§ Sites:
ü http://www.bebele.com.br/animacao/
ü http://www.bebele.com.br/silabas-simples/
ü http://ciberespaconaescola.blogspot.com/2008/04/alfabetizao-online.html?showComment=1216392240000

O QUE OS ERROS ORTOGRÁFICOS PODEM NOS DIZER SOBRE O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS?

§ Questões ortográficas;
§ Segmentação;
§ Classificação dos erros ortográficos, segundo Zorzi;
§ Jogos de reflexão ortográfica;

RECURSOS

§ Apostila sobre o Método Fônico;
§ Materiais do curso “Método Fônico”, ministrado pela Fga Milena Ferrarezzi;
§ Uso da Sala de Tecnologia Educacional, com utilização da internet e softwares;
§ Cds: Alfabetização fônica, Aladim, Criança e de atividades do Método Fônico;
§ Jogos e aulas da biblioteca digital.

CRONOGRAMA

§ As atividades serão desenvolvidas no decorrer do ano letivo, nas turmas de pré-escolar, 1°, 2° e 3° ano.

AVALIAÇÃO

§ Os alunos serão avaliados conforme seu desempenho, interesse e progresso, durante a realização das atividades.


BIBLIOGRAFIA

§ CAPOVILLA, A. G. e CAPOVILLA, F.C. Problemas de leitura e escrita: como identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica. São Paulo: Memnon, 2000.
§ http://www.bebele.com.br/animacao/
§ http://www.bebele.com.br/silabas-simples/
§ http://ciberespaconaescola.blogspot.com/2008/04/alfabetizao-online.html?showComment=1216392240000

domingo, 10 de maio de 2009

"Na educação, apesar dos resmungos de alguns, muito pode ser feito sem que sejam necessários recursos extravagantes"

Claudio de Moura Castro
claudio&moura&castro@cmcastro.com.br

Uma Mona áspera

"Na educação, apesar dos resmungos de alguns, muito pode ser feito sem que sejam necessários recursos extravagantes"

A Mona Lisa resplandece no Museu do Louvre. Sua xará, Mona Mourshed, assina pesquisas na famosa empresa de consultoria McKinsey. Com seu sorriso enigmático, a primeira Mona é suave, é lisa. Já a segunda é áspera, pelo impacto dos seus estudos. Seu ensaio sobre educação ("Como os sistemas escolares de melhor desempenho chegaram lá") é um admirável sumário dos resultados de centenas de trabalhos que se acumulam nos últimos anos. Embora seja voltado para países desenvolvidos, suas apresentações no Brasil tiveram grande repercussão.
Vejam que situação curiosa. Lendo o ensaio, não discordo de nada. Mas temo que tenha causado mais mal do que bem nas terras tupiniquins. Como assim? Um remédio potente precisa ser receitado com muito cuidado e para o paciente certo. A poção de Mona não serve para o Brasil. Isso porque o tema do primeiro capítulo polariza toda a mensagem: "A qualidade de um sistema de educação não pode exceder a qualidade de seus professores". Nas discussões das quais tive notícia, o debate não foi além desse capítulo. Considerando que a educação da maioria dos estados americanos não está à altura da sua extraordinária riqueza, Mona lembra que seus futuros professores provêm do terço mais fraco dos graduados de suas high schools. Em contraste, Coreia e Finlândia recrutam os melhores graduados e têm ótimos resultados. Para quem já tentou quase tudo, falta atrair excelentes professores.
Quando esse resultado aterrissa no Brasil, registramos que a grande maioria dos nossos professores é também recrutada entre os mais fracos do ensino médio – além de receber péssima formação. Porém, não há dinheiro para pagar salários muito mais elevados. Mesmo que o fizéssemos, seriam trinta anos para renovar o quadro, já que eles são estáveis. Tal diagnóstico é uma bomba atômica de pessimismo. Estamos condenados, pois o ensaio começa com o epitáfio: bom ensino só com excelentes professores. Mas vejam o segundo capítulo: "A única maneira de melhorar os resultados é melhorar a instrução". Contradiz o primeiro! Ou seja, com os mesmos professores é possível obter muito mais. De fato, traz conselhos para tornar mais produtivos os professores existentes. O problema é que essa mensagem ficou obliterada pelo impacto derrotista do início.
Lemos no segundo capítulo: "O papel da escola é assegurar que quando o professor entra na sala de aula tenha todos os materiais disponíveis, junto com o conhecimento e a vontade de melhorar o ensino". É preciso ajudar o professor a empregar as práticas apropriadas, motivá-lo e fazer com que conheça suas deficiências. Igualmente proveitoso é selecionar para a direção da escola os professores mais entusiasmados, criativos e com capacidade de liderar. É necessário ter programas explícitos e livros excelentes. A formação dos novatos se completa dentro da sala de aula, sob a supervisão de mestres experientes que sabem manejar a classe e usar os materiais de ensino.
De fato, é possível fazer bastante em pouco tempo. Em alguns municípios de Minas Gerais, entre 2007 e 2008, os testes de alfabetização (na 2ª série) mostraram uma queda substancial na proporção de alunos com desempenho baixo ou intermediário (ou seja, que não aprenderam a ler). Há casos espetaculares. Em Ouro Branco, por exemplo, uma escola baixou de 42% para 10%. Em Maravilhas, de 43% para 1%, e em Itabirito, de 23% para 0%. Isso aconteceu em municípios participantes do sistema de gestão da Fundação Pitágoras – sem trocar professores! Colocando todos a remar na mesma direção, definindo e dando foco às prioridades, todos colaboram para identificar os problemas, resolvê-los e valorizar os sucessos. Gestão é isso.
Essa é a leitura correta do ensaio de Mona. Não adianta sonhar com professores finlandeses e ser engolfado pelo pessimismo. Na educação, apesar dos resmungos de alguns, muito pode ser feito sem que sejam necessários recursos extravagantes. De fato, como mostra o artigo, gastar muito não assegura boa educação. Se houver a "Grande Reforma da Educação Brasileira", será o somatório dos ínfimos gestos que corrigem erros do passado e introduzem práticas eficazes. Será fruto da insistência obsessiva em melhorar o "feijão com arroz" da sala de aula, ano após ano. Na tradução zen, "todo dia melhorar um pouco, todo dia fazer um pouquinho melhor".

Claudio de Moura Castro é economista

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Atividade para o Dia das Mães... especial para minha Mamãe!!!

Abertura para o envelope de atividades do 1º Bimestre/2009
Feito especialmente para os alunos de minha querida Mamãe!!!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mamãe... muito obrigada por existir!!!


Mãe branca, mãe preta, mãe amarela
Mãe loura, morena ou ruiva
Mãe caseira ou cigana itinerante
Mãe de todas as raças, de todas as cores
Mãe que mendiga, mãe que trabalha
Mãe que frequenta alta sociedade
Mãe que é mãe a todo momentoSem importar condição social.
Mãe é só uma palavra que soa
Como favos de mel dentro da boca.
Mãe guerreira, mãe preciosa
Mãe zelosa, preocupada
Mãe cozinheira, lavadeira, até lixeira
Mãe empresária, industriaria, comerciaria
Mãe dona de casa, madame ou empregada
Mãe que luta com todas as garras
Mãe que batalha por um bem-estar
Por querer muito para o seu filho ou filha
Que sempre tenha em seu mundo
Momentos de muita paz e amor
Com um crescimento interior
Que o faça um alguém nesta vida.
Mãe biológica, mãe adotiva
Mãe que reza, que abençoa
Mãe que perde noites de sono
Mãe que ensina a ler e escrever
Mãe que nos mostra o que é a vida
E o caminho certo a percorrer
Mãe que é Pai em sua ausência,
Pai que é Mãe em tempo integral
Como o substituto adequado
Sem ter medo de ser piegas
Mas por necessidade primordial
De chegar enfim ao final da estrada,
Ver seu rebento crescido, vitorioso
Como um grande ser humano real.
Mãe que sempre incentiva
A lutar, vencer, crescer
Como gente, ser humano
Sem pisar no semelhante
Procurar ser alguém importante
Acreditar em Deus, ter fé.
Mãe que só pensa no que é melhor
Mãe que acarinha, que acalanta
Mãe que bronqueia na hora certa
Mostrando um caminho para seguir.
Mãe que está sempre presente
Em todas as horas
Mesmo que a distância se faça sentir.
Mãe é mãe não importa onde esteja
Não importa o que seja
Nada tira o seu valor.
E por você mãe presente, onipotente
Que se orgulha por ser mãe,
Por correr atrás do tempo
Tentando suavizar suas marcas
Por você que é mãe ausente
Mãe que existe só na lembrança
Que partiu tão de repente
Deixando no ar só a saudade
Eu te faço esta homenagem.
Mãe de todo dia, ano por ano
Mãe, Mamãe, Mãezinha
Mammy do meu, do seu coração
Este é o nome mais lindo
Suave, sonoro, abençoado
Por Maria, rainha de todas as Mães.
Que Deus guarda com todo carinho
Bem no meio da palma de sua mão.

Fonte: http://www.velhosabio.com.br/mensagem.exibir.php?codmsg=852